sexta-feira, 8 de março de 2013

Mas é verdade. Eu sou uma infeliz, que vive uma vida em função dos outros. Em vão. Que não conseguiu nada, absolutamente nada na vida. Frustrada, humilhada. Mas veja só quem eu sou, agora eu compro uma briga por semana, pra explodir a raiva que eu carrego do mundo, descontar minhas magoas, tentar eliminar meu ódio, impor respeito. Tentar gritar pro mundo o quanto ele me fez sofrer, o quanto ele foi e está sendo injusto comigo. Tentar dizer o quanto eu amava o sol, a água, olhar pros pássaros, admirar o céu. Mas nada, nada disso importa mais, nada disso faz diferença. Eu carregava tanto amor dentro de mim, tanta vontade de gritar pro mundo que eu era realizada. E o mundo me decepcionou, me fez refém da ingratidão, da falta de vontade, da falta de amor. Não sou mais feliz em nada do que eu faço, nada me completa mais. Nada faz sentido, é tudo feito por mera obrigação, por mero dever em ter que fazer. Não rezo mais por vontade, não sorrio mais pro mundo, não sinto mais alegria no fim de uma tarde linda. Não faz diferença se faz sol ou chuva, se eu vou ver alguém especial ou não, até porque não tenho mais pessoas especias, não sinto nada por ninguém, sou indiferente. Eu tô no neutro, pra mim tanto faz tanto fez. Eu decidi não brigar mais com a vida, não vou tentar entender, vou deixar ser como tem que ser. Mas eu não vou assistir nada disso, vou pegar meu travesseiro e vou dormir, dormir e deixar o mundo se acabar do meu lado, quietinha, sem me atrever a dizer nada, sem me arriscar a julgamento nenhum, sem cobrar direito nenhum. E quer saber? Não ligo mais!

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